06/03/2015

Constituição livra Dilma da lista de Janot. Mas....

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao cumprir o que consta na Constituição teve que retirar o nome da Presidente da República Dilma Rousseff de sua primeira lista que consta o nome dos políticos suspeitos no envolvimento do caso "Petrolão". O nome da presidente é citado em ocorrências que antecede ao seu mandato, quando esta era Ministra de Minas e Energias.
O que diz a Constituição é o seguinte: “O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.”
A lista foi baseada nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa. Ainda não entrou toda a planilha de Pedro Barusco, que mostrou a propina entregue a cada partido, especialmente o PT, em cada contrato. Pedro Barusco era o braço-direito do arrecadador do PT, Renato Duque, o afilhado de José Dirceu.
A operação Lava Jato pegou o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o homem da mochila, identificado como “Moch”. Um laranja do Youssef depositou em 2008, 400 mil reais na conta da mulher dele, Giselda Rousie de Lima. Quem pagou, na verdade, foi a Toshiba, depois de assinar um contrato com a Petrobras para as obras do Comperj, Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro. Uma cópia do extrato bancário saiu no jornal, então eles têm a prova. Vaccari era amigo do Lula, e a Dilma o manteve em Itaipu por muito mais tempo do que deveria, levando vida de marajá. 


O Ricardo Pessoa, coordenador do cartel da Petrobras, disse à revista VEJA que a UTC doou 30 milhões de reais a campanhas do PT e de Dilma, além de 3,5 milhões de reais entregues ao tesoureiro da campanha da Dilma, Edinho Silva. Mas ele disse isso à VEJA, não em delação premiada. Então essas denúncias não podiam ser motivo para o Janot incriminar a Dilma agora. Vale frisar que Presidente da República só possui imunidade durante o seu mandato e a investigação só pode ser feita depois. Assim como tem imunidade para irregularidades durante o mandato que não estejam vinculadas ao ofício presidencial em si. Mas se cometer crimes como presidente pode, sim, ser investigada. A delação ainda não saiu, e o governo do PT vem tentando impedir de todas as maneiras que o Pessoa fale. Se sair, pode ser que as coisas melhorem para o Brasil, ou seja: piorem para o PT.

A CPI começou muito bem. O presidente Hugo Motta [que disse à TVeja não ter rabo preso] tirou parte do poder do relator do PT, Luiz Sérgio, criando 4 sub-relatorias que excluíram o partido. E enfrentou a revolta dos petistas e da turma do PSOL. [Além disso, a CPI acionou a Kroll para rastrear as contas dos petistas no exterior, coisa que a empresa já fez quando contratada por Daniel Dantas.] Os ex-presidentes da Petrobras, Gabrielli e Graça Foster, foram convocados, assim como Costa e Duque. E se a oposição fizer o seu trabalho direito, Dilma pode cair. O problema é que o PSDB, sempre amarelão, não quer nem ouvir falar de impeachment, então cabe ao povo interessado pressionar a tucanada.Enquanto isso, a gente tem a CPI da Petrobras, que pode investigar tudo, o Lula, a Dilma, e pode resultar no impeachment, que é um processo político, não penal, a ser executado no Congresso Nacional.

fonte: http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2015/03/06/constituicao-livrou-dilma-da-lista-de-janot/

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