Lucro da Petrobras soma R$ 531 milhões no 2º trimestre, queda de 89%
A Petrobras obteve lucro de R$ 531 milhões no segundo trimestre deste ano, queda de 89,3% na comparação com o lucro de R$ 4,959 bilhões apurado no mesmo intervalo de 2014. O resultado foi afetado, entre outros fatores, por baixa contábil de R$ 1,28 bilhão, devido à exclusão de projetos da carteira de investimentos contemplada no plano de negócios e gestão de 2015 a 2019.
O lucro veio bem abaixo do projetado pelos analistas consultados pelo Valor , que previam lucro de R$ 3,99 bilhões.
A receita somou R$ 79,94 bilhões no trimestre, queda de 2,9% na comparação anual, e o resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado cresceu 21,7%, para R$ 19,77 bilhões.
Analistas esperavam receita de R$ 80,59 bilhões e lucro de R$ 17,80 bilhões no período.
No acumulado no ano, o lucro da estatal somou R$ 5,86 bilhões, queda de 43%. Na mesma base de comparação, a receita caiu 6%, para R$ 154,3 bilhões, e o Ebitda ajustado teve aumento de 35%, para R$ 41,19 bilhões.
DÍVIDA
A Petrobras encerrou o segundo trimestre de 2015 com uma dívida líquida de R$ 323,9 bilhões, 34% maior que a dívida do mesmo período do ano passado, mas 2,6 menor que o endividamento líquido de R$ 332,5 bilhões visto no fim de março.
A relação entre a dívida líquida da companhia e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ao fim do trimestre era de 4,64 vezes.
A relação entre a dívida líquida da companhia e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ao fim do trimestre era de 4,64 vezes.
No fim de março, a alavancagem era de 5,01 vezes.
Foi a primeira vez que a Petrobras utilizou o método mais usado pelo mercado para calcular alavancagem, considerando o Ebitda ajustado acumulado nos últimos doze meses.
Até então, a companhia usava uma metodologia própria, com o Ebitda anualizado para fazer a conta.
O índice usado desta vez é usado amplamente pelos analistas de mercado e pelas principais agências de classificação de riscos.
O nível de endividamento da Petrobras, medido pela relação entre endividamento líquido sobre a soma de endividamento líquido e patrimônio, atingiu 51% em junho, ante 52% em março.
Investimento
Os investimentos consolidados da Petrobras somaram R$ 18,3 bilhões no segundo trimestre do ano, queda de 18% na comparação anual.
Em 29 de junho, a Petrobras anunciou seu plano de negócios para o período de 2015 a 2019, com corte de 37% na comparação com o plano anterior, para US$ 130,3 bilhões. O plano anterior previa US$ 206,8 bilhões.
O segmento de exploração e produção (E&P) concentrará 83% dos investimentos previstos, num total de US$ 108,6 bilhões.
Ao rever o plano, a companhia reduziu também a meta de produção de petróleo para 2020, de 4,2 milhões da barris por dia para 2,8 milhões de barris por dia. A revisão da meta significou uma queda de 1,4 milhões de barris diários, ou 33,3%.
Fonte:
Valor Econômico